domingo, 24 de fevereiro de 2008

Right?

E como era de se esperar, as aulas voltaram.
Todo aqueles corre dos primeiros dias, bichos, bichetes, ansiedade de rever todo mundo, e de (why not?) ser visto também.

É incrível que a gente sempre entre em novas fases, sejam elas escolares, de trabalho, de vida, de ano, com a nítida impressão de que de hoje em diante tudo vai ser diferente.
Muito legal rever alguns amigos e perceber que, apesar da distância, da falta
de crédito nos telefones e de vergonha na cara também, muito pouco mudou sobre o que
sentimos uns pelos outros.

Ainda nesse clima de renovação, de ano-novo/carnaval/facul, aproveitei e já emendei mais uma ocupação, que, se por um lado cansa um pouquinho, por ouro me deixa com 100% mais ãnimo e sorrisos pra todo mundo: a academia.

Academia pra mim, em meu repertório de vida, sempre foi tomado como um lugar super chato onde pessoas super preguiçosas que não gostam de corridas, esportes e etc se reuniam pra se submeter a aparelhos super esquisitos pra satisfazer o seu super ego narcisista sem maiores desgastes.
Mas visto que está cada vez mais difícil encontrar tempo e lugares apropriados pra se exercitar, acabei topando preencher alguns diazinhos da minha semana, sem esperar maiores resultados além do bem estar de praticar algum
exercício.

Pra minha surpresa, nunca pensei que fosse achar tão divertido acordar uma hora mais cedo, alongaaaarr, e alongaaar, e acreditem, até os aparelhos parecem pura diversão.
Dentre as diversas adaptações que estou fazendo na minha vida, a academia, e redescobrir que existem frutas no supermercado, com certeza, foram as mais dignas.

Já no trabalho, cada dia me promete mais emoções, que oscilam de raiva a insegurança e de amor a tristeza em segundos.
Amo muito o que faço e hoje acredito tremendamente em pessoas que se apaixonam por suas ocupações, mas, ao mesmo tempo estamos todos passando por uma fase muito delicada, com jornadas um tanto intensas vez ou outra, que torço pra passar.

Junto a essa massa de ocupações, eu tento, ainda, dar uma chance ao coração pra que fale, e esse, como sempre, me apresenta problemas.
Hoje, domingo, 24 de fevereiro, ao som de "Best-friends" (Amy Winehouse), prefiro esquecer.....prefiro esquecer, e pensar na minha família, que tá lá na sala, assistindo filme. Eles, e os meus amigos, com certeza estarão aqui sempre
inclusive nos fins de semana em que eu preciso de notícias.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Olha o Ovo!

O calendário comercial é mesmo uma coisa muito maluca, diga-se de passagem.
Apesar de não ser nenhum especialista na área (ainda) acho surpreendente que, mal as serpentinas e confetes tenham sido varridos, os stands com ovos de páscoa de toda sorte já estejam montados no supermercado, me trazendo o maior dos transtornos ao consultar algumas das prateleiras, devido à altura, que sempre me faz bater a cabeça.

Esse período pra venda massiva de chocolate, na verdade, é conhecido como quaresma, período de reflexão e penitência para os fiéis mais fervorosos de algumas religiões.
Eu particularmente não escolho épocas do ano para refletir, entretanto, acho importante assumir alguns posicionamentos vez ou outra, e esse início de ano, mais a quaresma, me parecem períodos ideais.

Depois de tantos acontecimentos entre janeiro e fevereiro, tive ontem a última balada que antecede a volta das aulas. Foi meio que um parto pra conseguir sair de casa, vista a minha crença em relacionamentos nos quais as partes entram em contato uma com a outra no fim de semana. Porém, estou aprendendo gradativamente que o único herói dessa história sou eu, e embora ainda oscile entre a carência extrema e a total auto-suficiência, ultimamente tenho conseguido gerar bons momentos partindo do equilíbrio entre os dois.

Vou guardar boas lembranças do começo de 2008, porque apesar das grandes patadas que tomei da vida, percebi que hematomas somem, dores passam, e que nessa vida, tudo passa, até uva. Trouxe amigos mais pra perto e fiz novos, e torço pra que essas amizades sejam mais duradouras do que os relacionamentos que estavam me dando trabalho.

Amanhã além da volta às aulas, também farei avaliação física na academia, já estava na hora de incluir isso nos projetos pessoais, mente sã, corpo são, e vice-versa.

A respeito do calendário comercial, adoro as liquidações de panettone e congêneres fora de época, então não me oponho. E da quaresma? Promete prosperidade, sim, e muita!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Sobre ser Efusivo

Quem diz que o orkut veio pra vida das pessoas sem agregar nada, em parte, está mentindo. É verdade que muito do que se encontra por lá é realmente inútil, mas acredito que mesmo com o improvável a gente pode aprender coisas novas.

Foi assim quando eu encontrei uma comunidade chamada ”Odeio pessoas efusivas”. Não sei se foi porque simpatizei com a palavra ou por qual carga d’água me interessei em entender melhor que perfil de bicho gente é esse.

De acordo com a descrição da comunidade, são pessoas que riem demais, falam demais, e tudo isso sem a menor intimidade, entretanto, entende-se como efusiva a pessoa que calorosa, expansiva e comunicativa, definição facilmente encontrada nos dicionários mais populares e três qualidades que as pessoas adoram pôr no Currículo. Então, qual o problema em ser efusivo?

De acordo com a “queixa”, as pessoas efusivas são aquelas que mal chegam já ocupam espaço, crentes de que estão em casa, e seriam superficiais e pouco confiáveis.
Eu, na contra hipótese, acredito que uma força bem minúscula mova essa massa sedenta pr vingança: o Despeito.

É verdade que algumas pessoas do nosso convívio realmente tomam liberdade demais sem serem convidadas a tal, entretanto, existem muitas vantagens em se conhecer indivíduos assim.

Efusivo é aquele conhecido que te arrasta para o parque às nove da manhã de um domingo, sem se importar com a bolha que você fez no pé ou com o pé na bunda que você tomou. A distração, no final das contas, acaba sempre valendo à pena, fazendo a gente muitas vezes esquecer das coisas ruins.

É sempre aquela pessoa que fala além da conta:
Para bem: o que gera risos incontroláveis; e para o mal também, que vem sempre sucedido por um pedido de desculpas e uma cara de constrangimento de quem não fazia idéia de que era a hora errada de falar.
Pessoas assim realmente ocupam espaço, mas o fazem exatamente porque ele está livre, porque ninguém mais ousou tomá-lo para si como elas.

Desconfiança e superficialidade são coisas que se supera com o tempo, pois uma hora ou outra, as máscaras sempre caem, e a gente passa a perceber que entre os efusivos há belos exemplares.

E me desculpem, mas o mundo é deles. Pode nem ser por merecimento, mas pelo o menos eles dispararam na frente e gritaram: EU VI PRIMEIRO!

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Amor, Amy Winehouse ou James Morrison?

Coisa que nunca entendi é essa relação de coração aos sentimentos, amor, etc....

Não tem coisa mais confusa do que o campo dos sentimentos, espertinho foi Freud que preferiu explicar uma tonelada de coisas sobre o sexo e a mente, e deixou para o amor apenas o status de idealização, de movimento do eu na direção do objeto para além da relação de puro prazer, isso, mais cedo ou mais tarde a gente acaba descobrindo, ou lendo dele, whatever.

Enfim, vou defender o amor utilizando teóricos um pouco mais moderninhos.

Você conhece alguém interessante, com um papo legal, vocês se divertem juntos, e, racionalmente, tem tudo pra dar certo.
Você fica feliz pensando na perspectiva de um relacionamento estável, racionalmente, o que todos querem. Você manda umas mensagens, faz umas ligações depois dos encontros, acha bonito todo o equilíbrio da coisa.
Você começa a bater no peito e se orgulhar desse relacionamento perfeitinho. Surgem as DR’s (Discussões de Relação), porque, na cabeça de vocês, como casal, tudo tem de ser explicado, claro, sentimentos na mesa e assim vocês levam adiante, tudo bem.
Esse é um amor à La James Morrison “ you give me something”, redondinho e coisa e tal.

Certo dia, você está caminhando pela rua e sente um ventinho meio estranho na nuca....não, não diga que, pois é, outra pessoa surge no seu caminho, na rua, ali mesmo, e por mais que você corra pra conseguir atravessar o sinal antes que te alcance, ou reduza pra deixar que te ultrapasse, a aproximação é inevitável, e pior, vocês dois querem, e pior ainda, você não entende o porquê. Esse é o amor à La Amy Winehouse. “You know I’m no Good”. Racionalmente, não funciona, vocês não tem conversa, os horários não batem, escolher um filme ou qualquer programa juntos é sempre um drama. Racionalmente, sempre um motivo pra ficar nervoso, apreensivo e amalucado. Só que a atração é muito forte, e você enfrenta dias de chuva, tufão e etcéteras imensas em prol disso.

Acho que sou um pouco dos dois.... adoro uma relação meio junk, de me jogar no chão e chorar horrores, mas também gosto de ter calma e tranqüilidade, e alguém pra me segurar a mão.

No dia em que eu decidir se prefiro a Amy ou o James, eu aviso.





E pensando em nós, criaram Helvetica! Eita fontezinha boa...