sábado, 24 de maio de 2008

tá louco, sim.

Filosofia é uma coisa que me transforma, tudo bem que é temporário, mas o efeito não deixa de ser devastador.
Me afundei nas apostilas de filosofia nas duas últimas semanas, devido à matéria online, que nos faz, pobres universitários, reclusos nos únicos dois dias de folga da semana. Pior, matéria não presencial já é fogo sendo 2+2, imagine como não é tentar entender as teorias sobre virtude, tolerância, felicidade, amor e tralalá sem ter alguém que me dê a mão e me ensine?

Comecei então a ler, e uma das coisas que me surpreenderam em filosofia é que é realmente algo gostoso de se ler.
Na verdade, é mais fácil do que parece, e dá a impressão de que tudo que eles dizem, em maior ou menor grau, todos já pensamos, sendo que eles apenas se deram aos trabalho de escrever, talvez não com as mesmas palavras (parece que eles alguns deles fugiram de aulas de coesão textual), mas tá tudo lá, pra quem quiser ler.

O meu problema ainda é ser muito intenso em tudo o que faço, e tomar, muitas vezes, todas as teorias malucas, por verdade absoluta. A partir daí, um sem fim de discussões se inicia:

1 - Iniciei um debate com meu roomie sobre a inexistência da felicidade, que óbvio, gerou algum stress. Se ele tinha alguma dúvida de que sou louco, acho que ela arredou pé de vez.

2 - Fiz pirraça pela internet. Porque, a partir do momento em que você acredita que não há mais felicidade no caminho, o desespero é tamanho que você apela para paliativos, como fazer uma pseudo-paquera soltas fumaça pelas
ventas, e com razão.

3 - Discutir com amigos. Apenas porque eu sempre faço questão de que todos- inocentes, culpados, periquitos e congêneres- paguem o pato. Ah, esse também.

Para ese feriado, tinha mais atividade a realizar, mais material a ler, mas dessa vez tomei a decisão correta:
me tranquei sozinho no quarto, li tudo, respondi, terminei. Depois parti pro convívio social, pois ninguém merece Björk, e Marilyn Manson numa mesma pessoa ao mesmo tempo, e apesar de adorar a companhia de alguns filósofos de vez em quando, é mais ou menos como me sinto quando ouço o que eles dizem.

domingo, 11 de maio de 2008

Tá Maluco?

Vira e mexe quando desço do ônibus na Brigadeiro e estou virando a esquina de casa, isso por volta das 23, me dá uma vontade imensa de cantar ali mesmo, no meio da rua, no caminho de casa, e isso às ezes é tão espontâneo que eu só percebo que já estou cantando quando, de repente, percebo alguma figura me olhando com estranheza na rua.

É engraçado ser maluco quando a gente pára pra analisar as coisas todas como estão organizadas. Todo mundo se sente extremamente condicionado a regras, se permite, ou não, fazer determinadas coisas, dizer determinadas coisas, como se existisse uma grande legislação oculta por trás disso.

A gente quer ser normal, quer ser aceito, e isso não basta, queremos todos ser fabulosos, e invejáveis. Nesses momentos, eu procuro me destacar da multidão, porque assumindo essa postura a gente se priva de algumas graças que vida mostra só pra quem se permite perder as estibeiras once or twice.

Esses dias eu fui ao médico e precisei tomar uma injeção no braço daquelas que a gente tem medo quando é criança. O resultado: um atestado, uma lista de medicamentos e um selinho no braço. Até aí...normal...todo mundo passa por isso, não é mesmo?
O Problema é que esse mesmo dia foi muito massante, con direito a apresentação de trabalho na faculdade entrega de trabalho na agência, espirros, fungos (a injeção era pra gripe) cópias a pegar na gráfica....e todos esses detalhezinhos.

Já estávamos quase terminando o dia, ou melhor, a noite, por volta das 21, quando eu olhei aquele adesivinho no meu braço....e, de súbito, colei-o na testa, com a mesma espontaneidade que eu canto na esquina da Brigadeiro.

Se eu fui olhado? sim.
Se me perguntaram o que havia acontecido? sim.
O que eu respondi? Não aconteceu nada não. Tava com vontade de colocar a porcaria na testa, e fiz.

Foi muito divertido não ser normal durante algumas horinhas. Afinal de contas, não existe nenhuma lei que me proíba de fazer coisas incomuns, existe?
Bom, se existe, foi muito bom quebrá-la....assim como eu faço com a Lei do Psiu cantando em voz alta às 23 no meio da rua.



Britney entende que a felicidade passa muitas vezes longe da aceitação. Saca esse sorriso!





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