segunda-feira, 9 de outubro de 2006

O Segundo Round

Debate:s. m., discussão; altercação; disputa; questão; contestação.

Ontem fiquei muito na dúvida se cada um dos candidatos, parou, por um segundo, para olhar o significado dessa singela palavra no Dicionário e refletir sobre o que ela significa.
Não que a famosa troca de idéias, que ocorre a cada quatro anos fuja muito destas definições, mas no debate de ontem, no qual os candidatos mais se debateram mesmo do que qualquer outra coisa, me deixou bem insatisfeito.
Entre os vários assuntos em que sou leigo (e vocês vão conhecer um monte deles), política tem se destacado, tanto porque minha primeira e até então única experiência profissional foi assessorando um vereador, quanto pelos últimos acontecimentos políticos que fazem a gente olhar pro céu com cara de coitadinho e falar "P.Q.P., não?".
Os ataques que ambos os candidatos desferiam um contra a gestão do outro, apesar de serem dignos de atenção, a mim só mostraram uma proposta política vazia, pautada no famoso "Eu sou ruim, mas você é pior", e se tem uma coisa que eu não suporto é essa idéia:
" Ah tah, então ao invés de escolhermos um candidato com o qual nos identidicamos, temos que nos decidir entre as únicas duas opções? Escolher o menos pior?"
O que eu queria ter visto ontem era um jogo de propostas, não uma lavagem de roupa suja, queria ver uma proposta concisa e simplificada, e não as 216 páginas divididas em 32 capítulos que o queridinho Alckmin fez questão de frisar ao atual Presidente que era seu plano de governo.
A maior parte da população não está nem aí para papéis, e eu, como parte desse povão, também não estou. Para todos os cantos que olhamos vemos burocracia, documentos e documentos entupindo mesas, arquivos e salas e nenhuma posição...e a cultura do nosso país infelizmente consente com tudo isso, achando que a votação é uma escolha que não é mais nossa.
Acho que depois desse desabafo tomei minha decisão, posso até votar, em um desses dois fulaninhos aí, sei lá, decido na moedinha na hora, porque o mais importante talvez nem seja quem está lá, mas quem eles representam, que somos nós, o povo, que deve ir pra rua de novo, como já aconteceu antes, para mostrar quem é que manda nessa P****.

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