terça-feira, 7 de julho de 2009

Relação

Às vezes a gente reclama do volume do rádio alto, da gritaria das crianças na sala, às vezes a gente reclama do tempo e do clima, e às vezes nossa maior preocupação o valor de câmbio do Dólar.

Ás vezes a gente aumenta o volume do rádio no último, grita com crianças quietas, usa a chuva como argumento de filme velho, e as horas como argumento para dividir e medir existência em dias, semanas, meses e anos. E a sua preocupação, um dia, com certeza vai ser maior com aquilo que teu filho sente febril na cama do que com a imensa quantia de dinheiro que você está gastando para resolver.

Às vezes não há rádio, às vezes não há crianças, e o clima é seco e angustiante, que tamborilamos com os dedos, como se tivéssemos, com eles, o poder mágico de fazer o tempo passar mais depressa. Ainda sim, não há recompensa maior do que a espera, e nesse caso nada se pode fazer.

E quando não se sente falta do som e o clima indifere, o tempo é arma apontada para nossa cabeça, as crianças continuam saudáveis, e ao coletar matéria ao longo do caminho, ficamos débeis.

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