domingo, 20 de abril de 2008

Auto Declaraçao de Férias

Eu, Bruno Oliveira, declaro que a partir de hoje, dia primeiro de muita mudança de uma vida, estou em transição, e não é de casa:

- Vou comprar o jornal numa manhã de domingo, para lê-lo em um banco do parque;
- Vou rir de mim mesmo, lembrando quão ridícula é a solidez que a gente procura, para um dia morrer;
- Vou andar mais descalço, pra pisar bastante caco, e usar bastantes band-aids de bichinho;
- Vou correr até que o pulmão sofra, a perna formigue e o sorriso surja;
- Vou ler bastante, e escrever muito, mas não demais, pois quem muito relata da vida se ocupa demais para poder vivê-la;
- Vou dormir menos nos fins de semana, e mais de segunda a sexta, porque, na verdade, é o que todos precisam;
- Vou deixar pra trás as coisas, pessoas e mágoas que não acompanharem meu passo. Que as coisas fiquem, que as pessoas corram e que as mágoas tropecem ao correr atrás de mim;
- Vou beijar meus amigos, beijar minha família, beijar meu auauzis, e não esperar que a satisfação seja recíproca com isso;
- Vou dizer um oi a Deus antes de dormir, porque ele prepara o meu dia e nem sempre eu sou grato por isso.

Porque vou fazer tudo isso:

- Eu não sei quem me trouxe aqui, e nem porque vim, muito menos o que farei com tudo isso que tenho em mãos, mas uma coisa é certa. Não há erro, não há tropeço, não há condenação ou falha pior do que a omissão em relação à vida.

- Eu não quero que as coisas façam sentido...isso é besteira! Quero inventar verdades possíveis, que façam os olhos brilharem.

Deixo então pra trás a carga, que vi pessoas, todas diferentes, e todas iguais, carregando, e quer saber, ninguém precisa.
Declaro então oficialmente, meu período de férias, do dia primeiro de muita mudança de uma vida, até, Deus queira, o meu último suspiro.





Amém.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

teoria da publicidade 1

Andar de ônibus em São Paulo é quase como fazer uma análise ambiental de mercado...se você não olhar bem as circunstâncias em que se encontra, pode fazer um diagnóstico bem errado.

Sair do expediente às 18:00 pode ser uma boa, caso o trânsito na via de acesso mais próxima não for muito intenso, e isso, colega, só tendo teu ASS virado pra lua, em maioria.
Os mais analíticos saem às 19:00, porque levam em consideração que a grande maioria dos afobados sai às 18:00, logo, o trânsito estará lindo, leve e livre uma hora depois do rush. Lógico que isso nem sempre acontece, mas ponto pra eles quando alcançam algum êxito, e – pasmem – dá mesmo pra chegar na hora fazendo isso, se você tiver um compromisso em 20 min.

Enfim, é necessário uma chuva de análises (chuva aliás, também deve ser levada em conta...), um bom jogo matemático e muita habilidade (abilydadge, habilitádji) para chegar ao seu destino com sucesso e não chegar atrasado aos compromissos. Nem muito antes também;
Como eu, que peguei o ônibus às 5:30 para ir na academia, cheguei lá 5:45 ( cidade sem trânsito, óbvio...) e descobri que a academia só abre às 6:30 a.m.

O que fazer então? Esperar. E escrever.

Agradeço às aulas aulas de MKT que eventualmente eu possa ter faltado, e também à minha inaptidão para pensar nos horários .
Sem eles, este post não teria sido possível.